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Após deixar o corpo físico no túmulo e permanecer por quase três séculos nas regiões de sofrimento e dor, Padre Justino, um padre católico apostólico romano, desperta para as verdades da vida.

Foi padre no período da escravidão no Brasil do século XVIII e ao invés de levar a luz do Evangelho Cristão a todos os seus semelhantes, apoiou a sociedade escravocrata da época se unindo aos coronéis, esmagando os fracos e escravizando índios e negros.

Era o padre dos ricos, como ele mesmo disse: “Perambulei por essas terras brasileiras, de cidade em cidade, protegendo a casta, a elite, e menosprezando os humildes. Escravizando os negros e os índios, e concordando com os senhores de engenho em suas políticas de horrores, de muitas lágrimas, de completo desrespeito ao ser humano. Assim caminhava Justino, o padre dos ricos, que não sabia olhar para baixo, se curvar diante da miséria e da fome, porque isso lhe feria a mente orgulhosa e despótica.”

Foi preciso que a morte fechasse os seus olhos, e que ele adentrasse o mundo dos espíritos, para compreender as grandes mentiras e ilusões que vivia. Em sofrimento e angústias extremas foi socorrido por abnegados irmãos e companheiros que lhe ensinaram as grandes lições de amor e de vida e assim, preparado para voltar à Terra, novamente como padre, mas agora como sacerdote renovado em Nosso Senhor Jesus Cristo.

Assim ele descreve a si mesmo: “Aquele que saiu das trevas, das dores profundas para a luz, da ignorância para o conhecimento, da dor para o amor, e teve a oportunidade de relatar aos homens, as suas memórias e a sua vida no mundo dos espíritos. Essa é uma grande verdade.”

O renascer de um padre

As virtudes essenciais da vida cristã são o amor e a caridade para com o próximo. Mas muitas almas chegam ao mundo espiritual, enganadas pelas alegorias e dogmas teológicos praticados nos templos da Terra.

Assim, em meio às dores morais, são recolhidas do umbral para as colônias de tratamento, e desse modo são preparadas para nova encarnação na Terra, onde a experiência na carne se encarregará de fazê-las reconhecer nas diretrizes do Cristianismo - da caridade e do amor, o único caminho para Deus.

Rosário viveu no período da escravidão no Brasil. Foi esposa de coronel de escravos, seu lar era farto, seus filhos criados na abundância do materialismo, enquanto em suas senzalas a dor se fazia visível, a crueldade e a ignorância do homem subjugavam os mais fracos, marcando assim uma época escura em nosso país.

Nossa irmã viveu tudo isso, e após deixar o corpo físico no túmulo, adentrou o mundo dos espíritos permanecendo por quase três séculos nas regiões de sofrimento. Por misericórdia do Cristo, foi recolhida a uma colônia espiritual por irmãos abnegados. Ali, aprendeu a essência do Evangelho de Jesus e pediu a ele permissão para nessa obra falar dos dogmas e da teologia, que dominaram a sua alma e a desviaram da verdadeira fé, que emana do Cristianismo sem alegorias e milagres. Assim, a nossa irmã convida as almas reencarnadas a meditarem sobre a fé que professam nos templos do orbe terrestre.

Trará também um apelo às mães encarnadas, a partir da sua experiência como mãe na Terra e no mundo espiritual na busca pelo equilíbrio e a paz dos filhos. 

Mostrará em seus relatos que a verdade está nos ensinamentos do Messias de Nazaré, no seu Evangelho simples e convidará a todos a mudarem de atitudes e pensamentos, enquanto ainda permanecem no corpo material, habitando um planeta de expiações e provas, escola sublime que nos proporciona oportunidades para o exercício da caridade, do perdão e do amor incondicionais.

O Cristianismo e os dogmas

A vida de Benjamim, de servidor da lei e dos costumes judaicos à conversão aos ensinamentos amorosos de perdão e de justiça de Jesus. Para dar o testemunho da Boa Nova, ele enfrenta com bravura e coragem as perseguições pelas autoridades religiosas de Israel e pela sociedade culta do império romano. Perseguido e preso, passa pelas dores extremas, até encontrar o martírio e a morte nas cadeias de Roma.

Benjamim, nobre e corajosamente, doa a sua vida, como exemplo de amor e fé em Jesus, para iluminar os caminhos da humanidade, assim convidá-la a abraçar o Cristianismo da caridade sem as dores e lágrimas do passado, renunciando ao seu eu egoísta, saindo da teoria religiosa para a prática dos ensinamentos morais do Evangelho, em trabalho e renúncia, para a paz de seus semelhantes.

A odisseia de Benjamim fala dos cristãos do passado que irrigaram a Terra com o seu sangue inocente para que as sementes do Cristianismo brotassem puras, e os seus frutos alimentassem as almas que ainda reencarnam na Terra sem compreender a sua essência divina.

Odisseia de um Espírito

A história de Sabino – que recusa o casamento arranjado com Alice, para unir as suas famílias ricas e orgulhosas – começa com o seu casamento com a pobre e modesta Margarete. Expulso da casa de seus pais, ele se casa e vai viver do suor de seu trabalho, mas encontra na esposa, um espírito iluminado, a orientação que o faz descobrir os valores verdadeiros da vida.

Após as tragédias que se seguem ao comportamento orgulhoso das suas famílias, a vida lhes dá nova chance de se redimirem diante das leis divinas. Tal oportunidade inicia na vida além-túmulo, onde é preparada uma nova reencarnação. Assim essas pessoas se reencontram em novo círculo familiar com aqueles a quem de alguma maneira feriram.

Cada um tem ocasião favorável e orientação amorosa para se recuperar e, sem dívidas e remorsos, seguir em frente na estrada da evolução infinita. A espiritualidade amiga sempre está do lado de cada um para orientar, estimular e auxiliar na busca da paz e da fraternidade. As chagas dos comportamentos abusivos encontram o remédio curativo, que somente requer a boa vontade humilde.

O livro é um convite a todos à meditação para acharem o caminho do serviço amoroso e da caridade, conforme as orientações de Jesus, para a sua redenção diante das leis de Deus.

Reencarnação: a luz da família humana

Após falecer e ficar longo tempo agarrada a seus restos mortais no túmulo, perto de enlouquecer de vez, num reflexo lúcido Joana domina o orgulho e a revolta por ter retornado ainda jovem à vida espiritual. Pensa em Deus, pede perdão por seus pecados, e seu irmão Sabino, também desencarnado, que em prece a observava há longo tempo a socorre e a leva a uma colônia de amor.

Ela não aprendera na Terra a verdadeira fé, das transformações morais e do progresso intelectual – no objetivo da plenitude da vida espiritual, por meio da caridade com os necessitados. Ao contrário, vivera orgulhosamente para atender a suas paixões, enganada nos cultos materialistas. Agora no hospital espiritual ela medita sobre a vida de vaidade e orgulho que levara.

Longe de cumprir com as suas responsabilidades de mãe, esposa e filha, só quis saber dos prazeres da carne e do dinheiro. Mas um acidente de automóvel a trouxe de volta à pátria espiritual, e na compreensão da sua extrema carência vem a se dedicar, com o seu irmão, ao resgate de outras pessoas também sofredoras, inicialmente os seus familiares, que também padeciam nas trevas.

Amparemo-nos na Doutrina Espírita Cristã, consolo de nossas almas. Somente com a reencarnação o Pai concede ao errante uma nova oportunidade de reparar o seu erro. A sua mensagem é assim um apelo a que reflitamos sobre as nossas atitudes, a vida que levamos, mas que não tenhamos medo, pois uma legião de bons espíritos está sempre a nos orientar e ajudar.

Não estamos sozinhos

O autor espiritual nos recorda a sua vida de ateu na Terra. Não reconhecia a vida espiritual, mas buscava ser justo em suas ações. Depois do seu desencarne, ele descobriu que tinha a consciência da imortalidade da alma e da existência de Deus, apesar de ter esquecido os seus compromissos com a fé durante a sua vida na carne. Assim ele nos diz que ser ateu é não acreditar, desse modo não cumprir as leis do amor ensinadas por Jesus.

O Cristianismo, assim nos esclarece Fernandes, não é religião, mas a observância simples de “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Nesse ensinamento cristão estão contidos todos os deveres dos homens para com o Criador e com os irmãos na Terra.

Se a pessoa diz amar a Deus, mas negar o pão ao faminto, a veste ao seminu, o conforto ao desesperado, o remédio ao doente, alerta-nos ele que esse é o pior dos ateus, porque “mesmo crendo nega a si mesmo as verdades consoladoras de Jesus”.

Fernandes nos conta a história da sua vida e nos fala do amor maravilhoso e da bondade da sua esposa, que buscava alertá-lo para a imortalidade da alma e da influência benéfica de seu amigo Herculano, conhecedor da Doutrina Espírita, sempre disposto a partilhar os seus conhecimentos quando se encontravam. Mas Fernandes se incomodava, e procurava muitas vezes evitá-lo.

Finalmente desencarnado, Fernandes reencontra o seu amigo Mário no umbral, ateu como ele, que alienado acaba levado nas hordas blasfemas dos sofredores, e tem a sorte de reencontrar também o seu amigo Herculano, que o orienta para procurar os trabalhadores do Cristo para ajudá-lo a sair daquela região de loucura e dor, para ser tratado e assim se preparar para uma nova oportunidade na vida carnal.

Memórias de um ateu